FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Com informações da Jornalismo Júnior, por Carolina Marins

O professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da SUP, Paulo Sérgio Cugnasca, foi eleito pelo conselho curador da Fuvest o novo diretor executivo da Fundação. A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) é uma fundação sem fins lucrativos da Universidade de São Paulo, e a cada dois anos o seu conselho curador, presidido pelo vice-reitor da universidade, atualmente o prof. Vahan Agopyan, escolhe sua nova diretoria executiva.

Cugnasca explica que o principal objetivo da Fuvest é implementar o Edital definido pelo Conselho de Graduação, formado pela Pró-reitoria de Graduação da universidade. O conselho é quem delibera todas as diretrizes da prova naquele ano, tais como o número de vagas, a quantidade de carreiras, as bonificações e principalmente as questões. A Fuvest então recebe essas decisões através do Edital e determina os dias de realização das provas, locais e divulgação de aprovados, além de fazer cálculos que determinam as notas de corte dos cursos.

Vestibular 2015 e 2016

O vestibular da Fuvest de 2015 teve um decréscimo no número de inscritos com relação aos anos anteriores. Quando questionado a respeito, Cugnasca afirma que inúmeros fatores podem ter ocasionado o fenômeno, mas nenhum que ele saiba apontar com precisão. “Da mesma forma que pode ter caído no ano anterior ela tinha subido dois anos atrás, então ocorre essa oscilação e muitos fatores podem influenciar nesse número. A própria situação econômica do país, informações a respeito da própria universidade, surgimento de outros cursos por perto ou eventualmente até as condições de mercado de trabalho”.

Além do número de inscritos, as notas de cortes também foram uma surpresa do último vestibular. Esperando uma queda, os candidatos assistiram quase todas subirem. “Da mesma forma, a nota de corte é influenciada por muitos fatores. É uma fórmula matemática bem explicitada, é uma função do desempenho dos próprios candidatos em cada carreira, isso leva a determinar qual é a proporção de candidatos que devem ser convocados para a segunda fase em cada carreira. Aparentemente dois fatores que poderiam influenciar na nota de corte é o número de candidatos e o grau de preparo desses candidatos”.

Já o vestibular desse ano, Fuvest 2016, está cercado de novas expectativas, principalmente por causa da adesão da USP ao Enem. Apesar disso, o professor fala que o Edital não sofreu grandes mudanças com relação ao ano passado. “O edital que a Fuvest vai executar esse ano é basicamente o mesmo do ano passado. Para aplicação do exame da Fuvest a única coisa que muda é que em vez de trabalhar com 11000 vagas, vamos estar selecionando candidatos para 9500 vagas”.

Transferência Externa

Além do vestibular tradicional, a Fuvest também implementa as provas de transferência externa, ou seja, para quem é de outra faculdade e que quer entrar na USP. “A transferência externa segue o mesmo modelo do vestibular, o Conselho de Graduação é quem define as suas regras, mas aí com a participação mais forte das unidades”.

O professor destaca a maior autonomia que as Unidades têm na elaboração das provas de transferência externa, havendo inclusive algumas que nem utilizam a Fuvest para aplicá-la. Além disso, por serem vagas oferecidas principalmente por causa de desistência dos alunos, o seu oferecimento é mais volátil, podendo até mesmo nem acontecer em alguns cursos. “É um processo mais susceptível ao que está acontecendo nos cursos naquele ano. Ano a ano as coisas podem mudar, pode ser que naquele ano tenha vagas para determinados cursos e no outro ano não tenha; não existem regras de quais vagas existirão no ano seguinte, pode em alguns cursos nem ter”.

A concorrência para as vagas da transferência externa é em geral a mesma do vestibular tradicional: cursos muito procurados no vestibular costumam ser muito procurados na transferência.

O cargo

O novo diretor diz estar honrado por ter sido eleito para o cargo, mas reconhece os desafios que terá de enfrentar. “Na prática é um desafio, algo talvez um pouco diferente do que a gente vivencia no dia a dia do departamento, mas é uma honra poder estar desempenhando essa função. E a gente procura levar as duas atividades sem prejuízo às atividades na universidade. Na realidade a jornada de trabalho acaba sendo expandida, mas a gente procura acomodar sem prejudicar as atividades de docência, pesquisa, extensão e assim por diante”.

Finalmente, ele aconselha os candidatos desse ano às vagas da USP: “O candidato deve primeiramente escolher bem o curso, perguntar, pesquisar, saber se aquele curso que ele vai se candidatar é realmente o que ele quer para sua vida; se preparar adequadamente e na hora de fazer o exame, manter a tranquilidade para fazer o seu melhor”.

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